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Dar sangue: um gesto simples que pode salvar vidas

Dar Sangue um gesto simples que pode salvar vidas

Todos os dias, em Portugal, há pessoas que dependem de um gesto simples, voluntário e profundamente solidário: a dádiva de sangue. Este ato é essencial para garantir uma resposta eficaz dos serviços de saúde em emergências, intervenções cirúrgicas, tratamentos oncológicos e no acompanhamento de doenças crónicas. Uma única pessoa dadora de sangue pode salvar até três vidas — uma realidade que evidencia o valor humano e social de quem decide dar sangue.

Num contexto em que as reservas de sangue exigem constante reposição, torna-se urgente promover a sensibilização para esta forma de participação ativa na sociedade. Com esse objetivo, são dinamizados pontos de colheita e campanhas de apelo à dádiva, sob coordenação de entidades públicas especializadas na área da transfusão e transplantação.

Dar sangue é um gesto acessível à maioria da população. Qualquer pessoa saudável, com idade igual ou superior a 18 anos (ou 17, com consentimento parental) e peso mínimo de 50 kg, pode ser dadora. A confirmação da elegibilidade é feita no local da colheita, através de uma avaliação clínica cuidada que garante a segurança de todo o processo.

Não é necessário agendamento prévio. Basta apresentar um documento de identificação válido e preencher um breve formulário antes da triagem, assegurada por profissionais de saúde qualificados. Os locais e datas das colheitas podem ser consultados no portal www.dador.pt.

Para facilitar o processo, está disponível online um questionário de autoavaliação. Este recurso ajuda a identificar situações que possam impedir, de forma temporária ou definitiva, a dádiva de sangue. No entanto, é importante relembrar que o questionário não substitui a avaliação clínica obrigatória, realizada no momento da colheita de forma confidencial e rigorosa.

A dádiva de sangue é segura e rápida, mas requer alguns cuidados simples para garantir o bem-estar da pessoa dadora.

Antes da dádiva:

  • beber bastante água ou chá no dia anterior e no próprio dia;
  • evitar longos períodos ao sol;
  • fazer uma refeição ligeira (nunca dar sangue em jejum).

Após a dádiva:

  • continuar a hidratação;
  • comer algo leve;
  • evitar exercício físico intenso e exposição solar prolongada.

Depois da primeira dádiva efetiva, é atribuído o Cartão Nacional de Dador de Sangue, emitido pelo serviço de colheita. Este cartão reconhece oficialmente a condição de dador/a e permite o acesso a benefícios legais, como a isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde.

Em caso de dúvidas ou pedidos de informação:

  • sobre o cartão nacional de dador de sangue, envie um e-mail para: cartao@ipst.min-saude.pt;
  • sobre a dádiva de sangue, envie um e-mail para: gabrp@ipst.min-saude.pt.

Para mais detalhes, consulte o website do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, entidade responsável pela coordenação da dádiva de sangue a nível nacional. 

Se está em condições de dar sangue, não adie a decisão. Um gesto de poucos minutos pode fazer toda a diferença na vida de alguém.

Seja dador/a. Seja vida.

 

Última atualização: 09 de abril, 2025