Saltar para o conteúdo principal

Bicentenário de Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco

Assinalámos no dia 16 de março o bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco (1825–1890), um dos nomes maiores e mais prolíferos da literatura portuguesa do século XIX.  Tal como na sua vida, como autor foi tudo e o seu contrário... escritor, romancista, poeta, crítico, dramaturgo, prefaciador, tradutor, dramaturgo, historiador, bibliografo, dedicado a todos os géneros, mas foi no romance que mais se destacou (publicou cinquenta e quatro romances). A sua escrita atravessa géneros e estilos, combinando o romantismo com uma visão aguda das tensões sociais da sua época.

A sua vida foi marcada por inquietação e paixões. Órfão desde cedo, viveu em Trás-os-Montes, casou aos 16 anos, envolveu-se em polémicas públicas e privadas, e teve uma das mais célebres histórias de amor da literatura portuguesa, com Ana Plácido, que o levou à prisão por adultério. Nos últimos anos de vida, enfrentando a cegueira e o receio da insanidade, que o levaria à incapacidade de escrever, suicidou-se perante tal destino.

O seu legado literário é intemporal. Com uma escrita carregada de emoções e intensidade, onde aborda temas universais como o amor, a traição, a honra e a redenção, através de personagens intensas e conflitos morais, Camilo Castelo Branco retratou, como poucos, as nuances da condição humana e as complexidades socias.

E para assinalar esta data, 27 instituições coordenadas pela Comissão de Coordenação da Região do Norte promovem uma programação alargada, que inclui um congresso internacional, reedições da sua obra, espetáculos de ópera e dança, entre outras expressões artísticas que homenageiam a sua genialidade, comemorando os 200 anos do seu nascimento, mas também a importância da sua obra e a sua contribuição para a formação da identidade cultural de Portugal.
 
Saiba mais sobre as comemorações no website Camilo200.

Última atualização: 17 de março, 2025