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O Papel do FAM na Sustentabilidade Financeira das Autarquias

Fundo de Apoio Municipal

A Rede de Comunicação e Relações-Públicas (RCRP) da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM), que conta com 24 entidades e empresas públicas da Presidência do Conselho de Ministros (PCM), tem como um dos seus propósitos ser um centro de conhecimento em Comunicação e Relações Públicas, promovendo, para o efeito, formações, conferências e outras formas de partilha interna e externa. Neste sentido, a RCRP pretende utilizar os canais de comunicação da Secretaria-Geral para divulgar o trabalho desenvolvido pelas entidades, bem como conteúdos relevantes que contribuam para a missão do serviço público.

O Fundo de Apoio Municipal (FAM), como membro integrante da RCRP, divulga a seguinte notícia:

O FAM tem desempenhado um papel fundamental na estabilização financeira dos municípios portugueses que enfrentam desequilíbrios estruturais. Criado para garantir a recuperação financeira das autarquias em dificuldades, o FAM tem sido um mecanismo essencial para assegurar a prestação contínua de serviços públicos e a sustentabilidade do setor municipal.

Apoio à Recuperação Financeira dos Municípios

Desde a sua criação, o FAM tem permitido que diversos municípios reequilibrem as suas contas através de medidas estruturais e acesso a financiamento. A intervenção do Fundo tem sido estruturada em planos de ajustamento municipal, que incluem medidas de consolidação financeira, reestruturação da dívida e implementação de boas práticas de gestão orçamental.

O impacto deste apoio tem sido visível na redução do endividamento excessivo e no reforço da capacidade de pagamento dos municípios intervencionados. Além disso, o FAM incentiva a adoção de uma gestão mais eficiente e transparente dos recursos públicos, promovendo um maior rigor na execução orçamental.

Alinhamento com a Sustentabilidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

O FAM não se limita à recuperação financeira a curto prazo. O Fundo tem vindo a desempenhar um papel importante no alinhamento das estratégias municipais com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a agenda da sustentabilidade. A exigência de uma gestão financeira responsável e a implementação de políticas de equilíbrio orçamental incentivam práticas sustentáveis que garantem a resiliência financeira das autarquias a longo prazo.

Além disso, o FAM tem promovido a inclusão de critérios de sustentabilidade na definição dos documentos financeiros da administração local, incentivando os municípios a canalizarem recursos para projetos que promovam o desenvolvimento sustentável, a transição energética e a coesão social e territorial. A orientação dos investimentos municipais para infraestruturas verdes, eficiência energética e mobilidade sustentável são exemplos claros da influência do FAM na modernização dos municípios.

Desafios e Perspetivas Futuras

Apesar dos progressos alcançados, o papel do FAM deve continuar a evoluir para responder a novos desafios, nomeadamente a necessidade de reforçar a autonomia financeira dos municípios e de reduzir a dependência excessiva de transferências do Estado. A diversificação das fontes de financiamento, através do acesso a novos instrumentos financeiros sustentáveis e parcerias estratégicas, deve ser incentivada como complemento ao apoio prestado pelo Fundo.

Além disso, com a possível redução dos fundos comunitários disponíveis no próximo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia, torna-se essencial garantir que os municípios tenham ferramentas adequadas para continuar a investir no seu desenvolvimento sem comprometer a sua sustentabilidade financeira.

Conclusão

O Fundo de Apoio Municipal tem sido uma peça-chave na recuperação financeira dos municípios em dificuldades e na promoção de uma gestão pública mais eficiente e sustentável. O seu papel deve continuar a evoluir, não apenas como um instrumento de apoio financeiro, mas também como um catalisador da sustentabilidade municipal e da modernização das políticas locais. A revisão do seu enquadramento e das suas condições de atuação poderá contribuir ainda mais para o reforço da resiliência financeira das autarquias e para a construção de um futuro mais sustentável para todos.

 

Última atualização: 02 de abril, 2025